As ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) realizadas globalmente caíram no primeiro semestre do ano, em comparação ao mesmo período de 2023, tanto em termos de volume de captação quanto em número de operações. O desempenho nas Américas, porém, foi positivo no período.
A conclusão é de um estudo da EY, empresa de consultoria e auditoria. De janeiro a junho, o número de operações caiu 12%, de 624 para 551, enquanto o rendimento caiu 16%, de US$ 62,5 bilhões para US$ 52,2 bilhões.
A queda foi puxada pela região da Ásia-Pacífico, que registrou uma diminuição de 43% na quantidade de ofertas públicas e de 73% na receita em meio ao aumento das tensões geopolíticas, de eleições e do abrandamento econômico de alguns países.
Nas Américas — região que inclui os países da América do Norte, além da Argentina, Bermudas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Jamaica, México, Peru e Porto Rico — houve aumento de 12% no número de IPOs e de 67% em receita, totalizando 86 ofertas públicas e uma arrecadação de US$ 17, 8 bilhões.
Brasil
O Brasil não contribuiu para esse crescimento. No mercado local, já são dois anos sem listagem de novas empresas na bolsa de valores. O esperado, segundo a EY, é que o período de seca termine “potencialmente no final de 2024 ou em 2025” à medida que os mercados globais se recuperarem.
“O Brasil ainda almeja uma redução da taxa de juros para taxas que se aproximem de um dígito. Se isso continuar, as condições poderão se tornar favoráveis ??para empresas bem estabelecidas se preparem e retomarem as negociações, adotando antecipadamente o rigor e a transparência de uma companhia pública”, diz Rafael Alves dos Santos, sócio e especialista em IPO na EY, em nota.
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